"Why would he come back through the park"...

Hoje tive vontade de ir a um parque de diversão. Não daqueles gigantescos. Queria ir naqueles simples mesmo. Aqueles de interior, sabe? Que tem rodas gigantes magras, mas que quando estou no topo, posso ver aquele horizonte distante e os pinguinhos de luz nas casinhas longe. Queria ir no carrossel, para cavalgar nos cavalos imóveis que me levam para as terras mais longinquas. Ir no bate-bate, pegar aquele carrinho inquebrável e dirigir sem destino. Ir no pula-pula, pular e pular para alcançar o céu e tocar a estrelinha mais distante. Comer uma maçã do amor, e ganhar um beijo doce de um amor fantasma.
Ah...
Queria ir ao parque...

Nightingale

Escutando: How my heart behaves - Feist
Foto: Giant Wheel II by AngelofAiden (Deviantart)

For a while...

Nas primeiras luzes da manhã de segunda, enquanto sentia gotinhas d'água a tocar meu corpo, pide ver uma grande nuvem cinzenta cobrir o céu e tapar os raios solares. Um desespero tomou conta de mim. Foi como se fosse o fim do mundo. Uma vontade de chorar brotou em meus olhos. A única coisa que eu queria fazer era correr para o meu quarto e mergulhar dentro dos lençóis. Me esconder. Fugir. De quê? Não sabia. De quem? Também não fazia idéia. Infelizmente, eu não podia fugir. Eu tinha que sair. Tinha que enfrentar minha batalha. Saí. Ao entrar naquela sala, meu corpo sentou-se na cadeira fria, mas minha mente flutuava nas nuvens que eu não via fora da janela fechada. Eu dizia para mim:
- Preste atenção na aula. Você consegue. Você é capaz...
Mas meu outro eu contradizia:
- Não... Você é fraca demais. Não consegue atingir seus objetivos. Não consegue o que desejas... E quando consegue, joga janela afora.
Era a batalha dentro de mim. O ano e o demônio. A batalha que eu nunca havia entendido, e que o clímax está acontecendo. Eu só fiz me afundar na cadeira, mergulhar no livro e me distanciar de tudo aquilo. Me perguntei se aquilo era a melhor forma de fugir. Se fugir era a melhor fuga. Se era a melhor resposta. A melhor ação. Foi quando a nuvem saiu da frente do sol, e a batalha cessou...

Por enquanto.

Nightingale

Escutando: The water - Feist
Foto: sun behind dark a cloud by ~res-res

Estátua

Lá eu estava. Parada. Não podia me mexer. Não conseguia me mexer. Parada feito uma estátua. A música rolava no som ao meu lado, e os pensamentos corriam em minha mente que flutuava na manhã de primavera. De repente pude ver, lágrimas escorriam de meu rosto. Não eram rios sigilosos a escorrerem sobre uma pedra. Era uma cachoeira. O encontro violento do rio e do mar. Vejo que ele está se aproximando de mim. Ele examina cuidadosamente a estátua ao meu lado. Por que eu estou com medo? Eu não sinto nada por ele. Eu sentia. Há dez anos atrás. Poxa. É muito tempo. Como pode um sentimento de dez anos surgir novamente? Não. Eu não sinto nada por ele. E por que um fervor crescia em mim? Ele chegou perto. Olhou-me. As lágrimas ainda escorriam de meu rosto. Borravam a maquiagem do palhaço. Tirando a alegria de seu sorriso, e mostrando as dores de seu coração.
- Por que você está chorando?
Eu nada conseguia dizer. Só via as lágrimas a pingarem de meu rosto frio.
- Por que choras?
Eu não conseguia responder. Só conseguia lembrar de meus mal passos. Tudo aquilo estava me fazendo ficar confusa. Onde eu estava? Será que eu tinha morrido? De quem eu estava fugindo? De quem eu quero me esconder? E aí eu respondo:
- Por que eu choro? Porque eu quero me esconder de mim.

Nightingale

Escutando: Sleep - Azure Ray
Foto: I Try to Hide by piratedollie (Deviantart)

TPM?

Sabe aqueles dias em que você acorda de mal com a vida? Vamos, nós mulheres sabemos muito bem desses dias. Blah! Que saco. Os dias já acordam ruins. Você nem tem coragem de abrir os olhos. Muito menos de olhar se o dia acordou nublado ou se o sol está mostrando seus raios claros. Daí você se levanta arrastando seus pés até o banheiro... AAAAAAHHHH! Se depara com uma mulher horrível no espelho. "Quem é essa ridícula?" E aí você chega a resposta. "Sou eu." Você fica com raiva do seu corpo. Em tudo você acha defeito: você está gorda demais, tá parecendo a própria Moby Dick; seu cabelo tá um lixo; o rosto está cheio de acne ou mesmo espinhas... Ou seja, você está um pedaço de merda e a única coisa que você queria fazer era mergulhar na cama novamente e fingir que tudo isso é um sonho. Sonho não. Pesadelo. Mas não. Você não pode voltar para o sono e se esconder das pessoas, se esconder do mundo. Você tem aula. Ah. Tudo bem. As aulas de terça feira são boas... Mas aí você lembra: "Hoje não tem só aula. Tem prova! E não é qualquer prova. É a prova de matemática!" Matemática. Logo aquela matéria que você está mais ferrada. Pronto. Mais um item para colocar na lista de Por que se suicidar. Você começa a lembrar de todos os seus erros mais graves. De como você já feriu tantas pessoas. Tantas pessoas que você tanto amava mas não sabia como mostrar esse seu amor. Mas ainda assim você pensa nas pessoas que não merecem seus pensamentos. Mas elas não saem de sua cabeça! É como um vício... Um vício que você simplesmente não consegue deixar. Você escuta as músicas que foram trilha sonora daquela época em que você se achava forte. Nada podia te deixar cair. Daquela época que parece que já se passaram anos, mas quando você vê, só se passaram 4 meses... Você tem uma vontade de explodir. De saber o que acontece depois de você se atirar de um abismo. E depois, para piorar, você lembra que você está sozinha. Não. Não tem ninguém para dormir ao teu lado e dizer que tudo não passou de um pesadelo. De que você não é um monstro e sim a mais bela flor. Para dizer que todos erram e um dia você, que tanto errou, pode receber seu perdão. Que não se preocupe com a prova, que você é inteligente, não há para quê se preocupar. Ai... Você vê que aquela mulher que você pensava ser forte e imbativel 4 meses atrás, não passa de uma menina fraca. Mais fraca que a pétala de uma flor a se despedaçar...

Nightingale

Escutando: I was here - Renan Luce

Foto: Crazy Woman by iisamii

Longe de tudo.

Eita feriado bom. Essa foto foi tirada em Bonito, Pernambuco. Se puderem, visitem o lugar. É perfeito. Se você quiser realmente relaxar. Lá só pega celular TIM, não tem televisão (não tem sinal), não tem rádio... É... Bonito!

1º dia de viagem:
Minha viagem começa mais ou menos às 8 da manhã quando deixo minha casa para cair na estrada. O céu aberto e o sol brilhando em meu rosto. No som do carro: Amy Winehouse! Ótemo. Tirando fotos ao longo da estrada (colocando no meu fotolog). O hotel que eu fiquei é totalmente longe da civilização. A cachoeira (que se encontra dentro do hotel) é linda. A primeira coisa que fizemos, foi colocar nossas roupas de banho e cair no rio! Brrr! Água fria! Parecia que tinham jogado a água da geladeira. O almoço que serviam... Simplesmente fabuloso.

2º dia de viagem:
Trilha! Passei 4 horas andando. Provavelmente queimei muitas calorias adquiridas no almoço e jantar do dia anterior. Visitamos uma cachoeira linda. E devo dizer: o nosso guia era bem fofinho também... Pense num corpinho quando ele entrou na cachoeira...

3º e último dia de viagem:
Último dia só para tomar mais alguns banhos na cachoeira. Nadei feito índia no rio... Tão gelado. Mas quando entrava... Ai que bom... A volta foi marcada pelo sol se pondo no horizonte. Essa viagem não poderia ser melhor!

Nightingale.

Escutando: The limit to your love - Feist
Foto: Cachoeira em Bonito - Eu tirei!

Dias...

Eu não consigo dormir.
Eu não consigo¹.

São tantas coisas.
Uma sai atropelando outra.
São tantos dias.
Um sai lembrando outros.

São tantas coisas.
Que me perco todos os dias.
São tantos dias.
Que me atiro em tanta coisa...

São tantas coisas.
Que só faz me lembrar daqueles sentimentos.
São tantos dias.
Que fazem voltar àqueles sentimentos.

São tantas coisas.
Com tantas pessoas, com tantos lugares.
São tantos dias.
Que em todos os que passam eu me sinto sozinha.

E por incrível que pareça,
Com toda essa melancolia,
Parece-me,
Que estou me encontrando.

¹ - Música Sleep do Azure Ray.

Escrevi mês passado. Quando minha mente estava num grande e complicado labirinto. Do fim do mês para outubro, foi como uma lâmpada iluminando um quarto escuro. Seí lá o que deu em mim. Mas parece que tudo se clareou mais e as coisas estão andando tranquilamente. Estudando bastante para o PSS que está chegando aí, lendo meus livros, escutando muita música boa, assistindo muito filme bom... Conhecendo várias pessoas muito legais atraves do blog. Estou bem feliz. " Vem pra se arrumar na minha confusão, vem querendo ser feliz!"

Nightingale

P.S. Estarei longe por 3 dias. Estarei viajando. Quando eu chegar, posto aqui sobre a viagem e mostro as fotos que irei tirar. Beijo para todos.

Escutando: One Two Three Four - Feist

Foto: Days of Fog V by ~drakosha (Devianart)

Comendo: Bombom de chocolate com recheio de leite condensado. Très bien!

Nothing's forever.

Certa vez, Mário Quintana escreveu a seguinte frase: "As únicas coisas eternas são as nuvens...". Sim. Concordo com ele ao dizer que nada é eterno. E discordo quanto as nuvens, pois nem elas são eternas. Quando chove, elas deixam de ser nuvens e se tornam gotinhas d'água a cair em nossas cabeças. Semana passada, eu li no blog da Linny (beijo flor!), coisas para sempre e tal. Quando estamos apaixonados, nossas mentes ficam voando alegremente. Num mundo para sempre. Parece filme de conto de fada: "E viveram felizes para sempre..." A noite é eterna, o beijo, os olhos do amado... Não é querendo ser pessimista, mas para mim, nada disso mais existe. "Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre, sempre acaba." Foi o que a Eller disse uma vez. E hoje, é nela que eu acredito. Nçao me prendo mais a nada. Não me prendo mais a ninguém. Pois nada mais é eterno. Anitelli diz:" Não há de ser nada, pois sei que a madrugada acaba quando a lua se põe". O dia termina quando o sol se põe. O verão acaba quando o outono mostra as primeiras folhas a cair. O ano acaba quando os fogos sobem aos céus. O livro acaba quando a última página é lida. O chocolate termina quando o último pedaço é engolido. Como diz a lei de Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Se transforma, e já deixa de ser eterno. Escrevendo isso, me lembrei do filme Dançando no escuro, com a Björk. Esse filme diz: "They say it's the last song. They don't know us, you see. It's only the last song if we let it be". Quando eu escrevi esse post, eu pensei em ainda deixar palavras de que o eterno não existe. E essa é a verdade. Mas existe um segredo: enganar o fim.

Nightingale

Escutando: My dear friend - Julie Delpy

Foto: forever....? by ~cela-me-va-bien (Devianart)

"Palavras de baixo calão"

Hoje me deu vontade de falar palavrão, ou (bonitamente falando) palavras de baixo calão. Não meros palavrões como: vá tomar no cú, puta que pariu, caralho, merda e vários outros de origem obscena. Não. Palavrões. Verdadeiros palavrões. "Vá tomar no cú" nem é mais tão pesado depois daquele hit que todo mundo agora escuta. "Puta que pariu" nem tem mais graça. "Caralho" ouvimos todos os dias. Então, arranjei novos palavrões (Literalmente). Veja o meu novo vocabulário de palavrões:

• Ao invés de dizer o chato 'Vá tomar no cú', diga: Vá tomar cetilpiridíneo vá!


• Não existe mais o "puta que pariu!", e sim: Mande sua mãe pra metilparabeno!


• "Caralho" não! Diga: Methychloroisothiazolinone ou até mesmo Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico!


• "Merda" isso é passado. A onda agora é: Hipopotomonstrosesquipedaliofobia, ou, Anticonstitucionalissimamente.

Outras palavras bem legais também são: paralelepípedo, paralepipedozinho, parelepipedozão, Oftalmotorrinolaringologista, tetrabromometacresolsulfonoftaleína...

Espero que tenham gostado desse meu novo vocabulário para palavras de baixo calão. Se alguém te xingar, seja inteligente, diga: Eu espero que você tenha Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose!

Nightingale

Escutando - Nobody's wife - Anouk

Foto:Dirty by *so-pretty-when-I-cry