Nothing's forever.

Certa vez, Mário Quintana escreveu a seguinte frase: "As únicas coisas eternas são as nuvens...". Sim. Concordo com ele ao dizer que nada é eterno. E discordo quanto as nuvens, pois nem elas são eternas. Quando chove, elas deixam de ser nuvens e se tornam gotinhas d'água a cair em nossas cabeças. Semana passada, eu li no blog da Linny (beijo flor!), coisas para sempre e tal. Quando estamos apaixonados, nossas mentes ficam voando alegremente. Num mundo para sempre. Parece filme de conto de fada: "E viveram felizes para sempre..." A noite é eterna, o beijo, os olhos do amado... Não é querendo ser pessimista, mas para mim, nada disso mais existe. "Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre, sempre acaba." Foi o que a Eller disse uma vez. E hoje, é nela que eu acredito. Nçao me prendo mais a nada. Não me prendo mais a ninguém. Pois nada mais é eterno. Anitelli diz:" Não há de ser nada, pois sei que a madrugada acaba quando a lua se põe". O dia termina quando o sol se põe. O verão acaba quando o outono mostra as primeiras folhas a cair. O ano acaba quando os fogos sobem aos céus. O livro acaba quando a última página é lida. O chocolate termina quando o último pedaço é engolido. Como diz a lei de Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Se transforma, e já deixa de ser eterno. Escrevendo isso, me lembrei do filme Dançando no escuro, com a Björk. Esse filme diz: "They say it's the last song. They don't know us, you see. It's only the last song if we let it be". Quando eu escrevi esse post, eu pensei em ainda deixar palavras de que o eterno não existe. E essa é a verdade. Mas existe um segredo: enganar o fim.

Nightingale

Escutando: My dear friend - Julie Delpy

Foto: forever....? by ~cela-me-va-bien (Devianart)